Unicef e parceiros apresentam campanhas de incentivo à vacinação infantil e peças de comunicação já estão disponíveis para download

“Vá sim, vacine” e “Vacina parentinho” foram lançadas nesta quinta-feira (26) para cerca de 1,3 mil espectadores de diversos estados brasileiros

 

Mais de 1,3 mil pessoas que atuam nas equipes de saúde, assistência social e educação municipais e estaduais conheceram, na manhã desta quinta-feira (26 de janeiro) as peças de comunicação das campanhas “Vá sim, vacine” e “Vacina parentinho”, que pretendem contribuir para a retomada da imunização no Brasil em 2023 e beneficiar 17 milhões de crianças e adolescentes que vivem em mais de 2 mil municípios de 18 estados brasileiros que participam do Selo UNICEF. A apresentação foi feita de forma virtual, no Youtube do UNICEF Brasil, e já está salva no canal, podendo ser vista, revista e encaminhada.

 

As peças de comunicação apresentadas no lançamento, como os vídeos, spots para rádio, além das artes para camisas, bonés, cartazes, folderes, redes sociais, também já estão disponíveis para download na biblioteca do site do Selo UNICEF (https://selounicef.org.br/biblioteca). As peças fazem um reforço positivo sobre a segurança das vacinas e a importância de manter o calendário de vacinação em dia, no intuito de garantir a saúde das crianças e evitar que doenças já erradicadas voltem a colocar a vida de todos em risco.

 

Participaram do lançamento a consultora em saúde do UNICEF, Tatiana Galleguillos e representantes das instituições que são os parceiros implementadores do Selo UNICEF nos estados, Amélia Prudente da APDMCE, Graça Lima da Asserte, Joilda Aquino do CDJBC e Cláudio Melo do Instituto Peabiru. Mirley Jhonnes Pequeno da Asserte fez a apresentação da campanha “Vá sim, vacine” e Ida Oliveira do Território Amazônico do Unicef apresentou a campanha “Vacina parentinho”. Também foram convidados a coordenadora de imunização da Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba, Márcia Mayara, e o indígena Luís Penha Tukano.

 

Tatiana Galleguillos apresentou um panorama da imunização no Brasil, ressaltando que este é um tema prioritário para o UNICEF e mostrando dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) que revelam a queda das coberturas vacinais no país a partir de 2015. O UNICEF fez um estudo qualitativo sobre os fatores econômicos, sociais, culturais e da política de saúde relacionados à redução das coberturas vacinais. “O UNICEF e a Organização Mundial de Saúde estão com os olhos voltados para o Brasil diante desta queda na cobertura vacinal em um país com um programa de imunização maravilhoso”, afirmou.

Tatiana também falou sobre a Busca Ativa Vacinal (BAV), uma iniciativa do UNICEF, lançada em dezembro do ano passado, e que oferece uma metodologia e uma plataforma tecnológica. Para participar, o município deve fazer a adesão e o prefeito indicar um gestor da BAV, que irá coordenar e articular o processo político para implementar a estratégia. Deverá ser indicado ainda um coordenador operacional, que irá conduzir as reuniões intersetoriais. O gestor e o coordenador devem fazer o curso da BAV até 28 de fevereiro.

 

Em seguida, a coordenadora de imunização da Paraíba falou sobre o caso de sucesso do estado que, em 2022, foi o primeiro a alcançar a meta de vacinação contra a pólio. Ela detalhou as ações implantadas no estado para obter o bom resultado de cobertura vacinal: monitoramento dos dados de doses aplicadas, diariamente; reuniões e sensibilizações com os municípios de baixas coberturas; acompanhamento diário da inserção das doses aplicadas no Sistema de Informação; emissão de relatório dos faltosos e mapeamento de novas intervenções para subsidiar o planejamento, a operacionalização, o monitoramento e a avaliação das ações.

O assessor técnico da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e que atua na saúde indígena há dez anos, Luís Penha Tukano, falou sobre os desafios em vacinar os povos indígenas e a necessidade em se combater a desinformação. “Precisamos de uma reconstrução da assistência à saúde dos povos indígenas, fortalecendo as ações de vacinação nas aldeias”, disse.

Vá sim, vacine!

A campanha “Vá sim, vacine” oferece às gestões municipais e suas equipes peças de comunicação que podem ser reproduzidas, impressas e compartilhadas. “De uma forma criativa e direta, levamos a mensagem que, ao vacinar, reforçamos o sentimento de pertencimento, conexão, responsabilidade, amor e proteção”, explicou Mirley Jhonnes Pequeno, consultor de Monitoramento e Avaliação da Asserte, parceira implementadora do UNICEF e que coordenou a campanha.

Graça Lima, coordenadora de projetos da Asserte, também falou da importância do estímulo à vacinação, agradeceu a confiança do UNICEF, a participação dos municípios e a parceria com as demais instituições. “Para vencer estes desafios estamos sempre de mãos juntas”, destacou.

Ainda durante a apresentação da campanha, Mirley mostrou os vídeos que levam o espectador a refletir como a falta de informação pode nos fazer cometer julgamentos e interpretações equivocadas. “A campanha foi muito bem pensada e planejada pela agência Mayday, nossa parceira. Foram criadas diversas estratégias de comunicação, já que é um tema que pede urgência de atitude”, completou o especialista da Asserte.

 

Vacina Parentinho

No encontro também foi apresentada a campanha “Vacina Parentinho”, direcionada à vacinação de crianças indígenas. A ideia é focar esforços na imunização desse público e formular estratégias com base nas particularidades que esta ação exige, levando em consideração as dificuldades, como acesso e infraestrutura.

Ida Oliveira, especialista em comunicação do UNICEF no Território Amazônico, destacou a importância do olhar diferenciado voltado para os povos indígenas. “Trabalhamos com uma rede fantástica de jovens comunicadores indígenas, que produzem e compartilham informações nas redes sociais e trabalham com grupos articuladores” disse. Ela acrescentou que os vídeos, spots e peças para mídias digitais também estão disponíveis na biblioteca do Selo UNICEF.