A escola municipal Futuro Feliz, que atende a quase 300 crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, na comunidade de Três Carneiros, no bairro do Ibura, no Recife (PE), foi a primeira a participar, no dia 19 de fevereiro, da oficina de enfrentamento às violências de gênero e racismo, realizada pelo projeto “Ibura que Protege”, uma iniciativa da #AgendaCidadeUnicef e que tem a Asserte como parceiro implementador. Participaram da atividade 22 pessoas, entre a coordenadora pedagógica, professores, profissionais de apoio de sala, de serviços gerais, merendeiras e mães de alunos.
O projeto “Ibura que Protege” vai realizar um circuito de oficinas, até o início do mês de março, abordando este mesmo tema, em mais 19 escolas do bairro que assinaram o termo de adesão ao projeto. Em março, iniciam-se também as oficinas direcionadas aos profissionais da saúde e da assistência social, enfocando a Lei 13.431/2017, sobre a Escuta Protegida.
“Conduzimos as oficinas de forma que provocasse os participantes a refletirem sobre como as violências interferem na formação das crianças. Conversamos sobre como a escola e a comunidade podem trabalhar juntas, construindo projetos, ações e estratégias para o enfrentamento desta realidade”, destacou a especialista em mobilização da Asserte, Cleide Moraes.
“Decidimos mergulhar juntos nestes temas porque queremos que eles façam parte do nosso plano de trabalho. Só vamos conseguir enfrentar o racismo e a violência de gênero, se pensarmos em soluções juntos e a nossa escola quer trabalhar estes temas”, afirmou Elaine dos Santos Silva, coordenadora pedagógica da escola Futuro Feliz, que mobilizou a comunidade escolar a participar do encontro e decidiu realizar as atividades com os alunos da manhã de forma remota, para que todos os funcionários pudessem estar presentes na oficina.
Também participaram das oficinas na escola a coordenadora operacional da BAE Recife, Kamilla Silva, e duas técnicas verificadoras da Busca Ativa Escolar do Recife. “Falar sobre violências e racismo é muito importante, pois também são causas do afastamento das crianças das escolas. É preciso que todos os profissionais das escolas percebam quando uma criança está em risco de abandono, para que seja feito um trabalho conjunto e se evite esta evasão”, disse Kamilla Silva.
“A #AgendaCidadeUnicef tem promovido a integração de projetos como o ‘Ibura que Protege’, o Busca Ativa Escolar (BAE), e outras ações, como estratégias articuladas para proteção das crianças e adolescentes no bairro do Ibura”, ressaltou Cleide Moraes.